Chora peito, como antes choravas,
De amor.
Inventa. Sofre como deverias.
Ama uma, duas,...ama tantas quantas entenderes.
Ama e somente ama.
Ama ela, todas, e mais aquela.
Ama apressadamente
Que entre tantas a que anseias não encontrarás.
Olhas pro lado, ou mesmo fechas os olhos,
Elas são iguais.
Dão-se a alguém assim como à vida:
À toa.
Mas na possibilidade do desespero na incessante procura
Vai amando essas,
Pois quando por ventura a procura findar,
A predestinada, a pura, ela quem sabe não jaz!
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
sábado, 21 de novembro de 2009
Brasileiro lê apenas um livro por ano
Um levantamento do Instituto Pró-Livro confirma que o brasileiro lê pouco. São 77 milhões de não leitores, dos quais 21 milhões são analfabetos. Já os leitores, que somam 95 milhões, leem, em média, 1,3 livro por ano. Incluídas as obras didáticas e pedagógicas, o número sobe para 4,7 – ainda assim baixo. Os dados estão na pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, feita com 5.012 pessoas em 311 municípios de todos os estados em 2007.
“O livro é pouco presente no imaginário do brasileiro”, explica o diretor do Livro, Leitura e Literatura do Ministério da Cultura, Fabiano dos Santos.
Nos Estados Unidos, por exemplo, a população lê, em média, 11 livros por ano. Já os franceses leem sete livros por ano, enquanto na Colômbia, a média é de 2,4 livros por ano. Os dados, de 2005, são da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), que integram o Instituto Pró-Livro.
Detalhes dos hábitos do brasileiro relacionados ao livro, revelados na pesquisa, atestam esta afirmação. O levantamento considera como não leitores aqueles que declararam não ter lido nenhum livro nos últimos três meses, ainda que tenha lido ocasionalmente ou em outros meses do ano.
Entre os leitores, 41% disseram que gostam muito de ler no tempo livre, enquanto 13% admitiram que não gostam. Também entre os 95 milhões de leitores brasileiros, 75% disseram que sentem prazer ao ler um livro, mas 22% sustentaram que leem apenas por obrigação.
Com as estatísticas nas mãos, Fabiano dos Santos diz que há dois caminhos a percorrer para fazer do Brasil um país de leitores: ampliar o acesso ao livro e investir na formação de leitores.
A pesquisa Retratos da Leitura no Brasil sugere que a maior influência para a formação do hábito da leitura vem dos pais, o que explica o fato de que 63% dos não leitores informaram nunca terem visto os pais lendo.
Por outro lado, o levantamento sugere que o hábito de ler é consolidado na escola e quanto maior o nível de escolaridade, maior o tempo dedicado à leitura. Entre os entrevistados com ensino superior, há apenas 2% de não leitores e 20% disseram que dedicam entre quatro e dez horas por semana aos livros. Este índice cai para 12% entre estudantes do ensino médio.
“É em casa e na escola, que os leitores são formados. Depois dos pais, os professores são os maiores incentivadores, mas poucos têm a experiência da leitura. E, neste caso, fazer do aluno um leitor é uma mágica”, diz o diretor do Livro do Ministério da Cultura.
O professor de Literatura Dilvanio Albuquerque considera que o desinteresse do brasileiro pelos livros não pode ser atribuído apenas à família e à escola. “O problema é mais amplo. Não podemos falar que a culpa é da instituição, seja ela familiar ou escolar, porque, na verdade, o problema é cultural”.
Para o professor, até entre os universitários, o hábito da leitura não é comum, inclusive nos cursos em que o contato com a escrita é fundamental. “Normalmente a universidade não oferece um bom acervo. Moramos em um país em que os livros são caros e de difícil acesso”, disse.
Fonte: Da Agência Brasil
“O livro é pouco presente no imaginário do brasileiro”, explica o diretor do Livro, Leitura e Literatura do Ministério da Cultura, Fabiano dos Santos.
Nos Estados Unidos, por exemplo, a população lê, em média, 11 livros por ano. Já os franceses leem sete livros por ano, enquanto na Colômbia, a média é de 2,4 livros por ano. Os dados, de 2005, são da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), que integram o Instituto Pró-Livro.
Detalhes dos hábitos do brasileiro relacionados ao livro, revelados na pesquisa, atestam esta afirmação. O levantamento considera como não leitores aqueles que declararam não ter lido nenhum livro nos últimos três meses, ainda que tenha lido ocasionalmente ou em outros meses do ano.
Entre os leitores, 41% disseram que gostam muito de ler no tempo livre, enquanto 13% admitiram que não gostam. Também entre os 95 milhões de leitores brasileiros, 75% disseram que sentem prazer ao ler um livro, mas 22% sustentaram que leem apenas por obrigação.
Com as estatísticas nas mãos, Fabiano dos Santos diz que há dois caminhos a percorrer para fazer do Brasil um país de leitores: ampliar o acesso ao livro e investir na formação de leitores.
A pesquisa Retratos da Leitura no Brasil sugere que a maior influência para a formação do hábito da leitura vem dos pais, o que explica o fato de que 63% dos não leitores informaram nunca terem visto os pais lendo.
Por outro lado, o levantamento sugere que o hábito de ler é consolidado na escola e quanto maior o nível de escolaridade, maior o tempo dedicado à leitura. Entre os entrevistados com ensino superior, há apenas 2% de não leitores e 20% disseram que dedicam entre quatro e dez horas por semana aos livros. Este índice cai para 12% entre estudantes do ensino médio.
“É em casa e na escola, que os leitores são formados. Depois dos pais, os professores são os maiores incentivadores, mas poucos têm a experiência da leitura. E, neste caso, fazer do aluno um leitor é uma mágica”, diz o diretor do Livro do Ministério da Cultura.
O professor de Literatura Dilvanio Albuquerque considera que o desinteresse do brasileiro pelos livros não pode ser atribuído apenas à família e à escola. “O problema é mais amplo. Não podemos falar que a culpa é da instituição, seja ela familiar ou escolar, porque, na verdade, o problema é cultural”.
Para o professor, até entre os universitários, o hábito da leitura não é comum, inclusive nos cursos em que o contato com a escrita é fundamental. “Normalmente a universidade não oferece um bom acervo. Moramos em um país em que os livros são caros e de difícil acesso”, disse.
Fonte: Da Agência Brasil
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Hoje é o “Dia da Cultura Picoense”, e daí?!
Todos os picoense e aqueles que escolheram essa terra promissora, que até bem pouco tempo pacata, sabem que Picos não têm uma efervescência cultural, mas que temos manifestações isoladas de cultura, agora que o poder público poderia incentivar pelo menos um pouquinho poderia, afinal de contas são quase 1,5 milhões de Reais destinados anualmente à pasta da Cultura, e eu particularmente nunca vi um centavinho desses e também não conheço ninguém que o tenha visto como investimento na Cultura, salvo pela velha política cultural existente aqui desde a época do coronelismo – “A política do favorzinho...” Ah, temos os músicos e intérpretes, esses estão conseguindo uma verbazinha, afinal de contas estão mais presentes nas festas públicas e nos eventos político-cultural promovido pela Prefeitura, tem mais um detalhe, a pasta de Cultura da cidade de Picos está vazia no sentido de presença física de um secretário desde o dia 30 de outubro, porque na verdade ela está “vazia” há décadas, mais um detalhe, o ex-secretário que pediu exoneração do cargo disse à imprensa que a secretaria recebia mensalmente apenas R$ 1.500,00 de verba, eu acredito que não seja esse dinheirão todo.
Essa política cultural existente aqui em Picos e em grande maioria das cidades do Brasil a do “favorzinho”, vai deixando os poucos que são agraciados refém por migalhas. É um patrocínio aqui, um carro para transporte ali, um palco, uma barraca, etc. E dessa forma esses poucos se acham na obrigação de ficar calados ao descaso com a cultura, pois fora “beneficiado”, ficam com peso de consciência e o pior de tudo se acha na obrigação de retribuir o favor. Na verdade esses “ajeitadozinhos” feitos pelo poder público ficam muito longe do que uma Secretaria de Cultura pode fazer pelas artes, que é promover essencialmente a produção cultural, criar mecanismo para facilitar a esses “heróis” condições básicas para publicação de livros, oficinas de teatro, música, pintura e outras mais e principalmente criar espaços públicos para manifestações, como teatros, galerias, etc. Viram como é simples?
O picoense, pelo menos eu tenho maior orgulho em dizer que Picos é a única cidade do País que tem um dia da Cultura instituído por Lei Municipal. Que legal! E daí?! Que benefícios essa data trouxe de concreto para a política pública de cultura da cidade de Picos? Diz a propagando do Governo Federal que nunca se investiu tanto em cultura como agora, pois é estão faltando essas políticas chegarem aqui, ta faltando boa vontade do município em buscar esses recursos, não é interessante só nós fazemos a nossa parte, o município, o estado e a união têm que apoiar tem que fazer a parte deles, é para isso que são recolhidos os impostos. Está na hora de elegermos pessoas que se apresentem com propostas reais para cultura, enfim precisamos escolher candidatos com perfil diferente do que sempre são escolhidos - Endinheirados.
20 de novembro Dia da Consciência Negra
(Ator picoense Sávio Barão em cena no filme "Senhora dos Remédios")
O Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de Novembro no Brasil e é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira.
A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. Apesar das várias dúvidas levantadas quanto ao caráter de Zumbi nos últimos anos (comprovou-se, por exemplo, que ele mantinha escravos particulares) o Dia da Consciência Negra procura ser uma data para se lembrar a resistência do negro à escravidão de forma geral, desde o primeiro transporte forçado de africanos para o solo brasileiro (1594).
Algumas entidades como o Movimento Negro (o maior do gênero no país) organizam palestras e eventos educativos, visando principalmente crianças negras. Procura-se evitar o desenvolvimento do auto-preconceito, ou seja, da inferiorização perante a sociedade.
Outros temas debatidos pela comunidade negra e que ganham evidência neste dia são: inserção do negro no mercado de trabalho, cotas universitárias, se há discriminação por parte da polícia, identificação de etnias, moda e beleza negra, etc.
O dia é celebrado desde a década de 1960, embora só tenha ampliado seus eventos nos últimos anos; até então, o movimento negro precisava se contentar com o dia 13 de Maio, Abolição da Escravatura – comemoração que tem sido rejeitada por enfatizar muitas vezes a "generosidade" da princesa Isabel, ou seja, ser uma celebração da atitude de uma branca.
A semana dentro da qual está o dia 20 de novembro também recebe o nome de Semana da Consciência Negra.
A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. Apesar das várias dúvidas levantadas quanto ao caráter de Zumbi nos últimos anos (comprovou-se, por exemplo, que ele mantinha escravos particulares) o Dia da Consciência Negra procura ser uma data para se lembrar a resistência do negro à escravidão de forma geral, desde o primeiro transporte forçado de africanos para o solo brasileiro (1594).
Algumas entidades como o Movimento Negro (o maior do gênero no país) organizam palestras e eventos educativos, visando principalmente crianças negras. Procura-se evitar o desenvolvimento do auto-preconceito, ou seja, da inferiorização perante a sociedade.
Outros temas debatidos pela comunidade negra e que ganham evidência neste dia são: inserção do negro no mercado de trabalho, cotas universitárias, se há discriminação por parte da polícia, identificação de etnias, moda e beleza negra, etc.
O dia é celebrado desde a década de 1960, embora só tenha ampliado seus eventos nos últimos anos; até então, o movimento negro precisava se contentar com o dia 13 de Maio, Abolição da Escravatura – comemoração que tem sido rejeitada por enfatizar muitas vezes a "generosidade" da princesa Isabel, ou seja, ser uma celebração da atitude de uma branca.
A semana dentro da qual está o dia 20 de novembro também recebe o nome de Semana da Consciência Negra.
Fonte:
"20 de novembro dia da cultura picoense". Comemorar o quê?
Hoje se comemora o “Dia da Cultura picoense”, ou pelo menos seria para comemorar. O que temos, desde 2002 quando escrevi o meu primeiro artigo sobre o tema para o site da UPE, é apenas a comemoração da data de nascimento de Ozildo Albano. Vale a pena relembrar o histórico?Claro que vale!
Mas quem não prestar atenção no histórico de Ozildo não conseguir entender a importância desse intelectual para nossa cultura, não vai porque não conseguirá “materializar” as suas conquistas; não irá porque não se consegue encontrar material algum disponível.
Aprendi desde cedo, com ele mesmo, a emoção de se fazer cultura; algumas vezes em visita ao seu museu particular, ele explicava pacientemente cada peça do acervo por ele catalogado, eu me perguntava às vezes aonde ele achava tanta paciência e carinho.
O Museu foi talvez o menor legado que Ozildo nos tenha deixado. Como iremos saber!? Temos que usar a criatividade, pegar o pouco que nos é permitido, Ozildo deve está “se mexendo no túmulo”, e fazer uma cronologia para poder completar esse artigo, mas estou sem paciência nesse momento, vou só dá um “Ctrl + C” e um “Ctrl + V” no texto que eu fiz há cinco anos atrás que ninguém irá perceber...
Sabe Ozildo! Você deve está vendo a dificuldade de se fazer cultura nessa cidade, os empecilhos como são grandes, mas você deve está se dizendo: “Ah! Se eu estivesse ai em baixo, hoje é tão mais fácil do que quando eu comecei...”. Pois é você faz muita falta aqui, a D. Olívia ta doente, você sabe, o Sr. Elizio ta morando fora e outros estão com você ai em cima, mas sabe Ozildo, não vou desistir, espero que no próximo 20 de novembro eu tenha mais o que comemorar em seu nome.
Parabéns a todos os picoenses por essa data tão importante, todos nós deveríamos nos orgulhar muito, pois desconheço outra cidade no Brasil que tenha uma lei municipal que instituiu uma data própria com tal grandioso propósito. Parabéns pelo o que não sei muito o quê!
HISTÓRICO
(Ozildo Albano)
O Projeto Lei nº1.795/94 de 29 de novembro de 1994, da então vereadora e poetisa Olívia Rufino, sancionado e promulgado pelo Prefeito Abel de Barros Araújo, instituiu o dia 20 de novembro como o "Dia da Cultura Picoense", data esta escolhida em homenagem ao intelectual Ozildo Albano, por ser esta a data de seu nascimento e pelo relevante trabalho no âmbito cultural.José Albano de Macedo (Ozildo Albano) nasceu em Picos (PI), em 20 de novembro de 1930. Concluiu seus estudos do primeiro grau menor como seminarista, no antigo seminário de Teresina, de volta a Picos em 1949, alistou-se no Exército e fez o "Tiro de Guerra", no mesmo ano prestou exame de admissão do Ginásio Estadual Picoense, recém fundado.
Fundou com alguns colegas da época o grêmio estudantil "Da Costa e Silva", do qual foi presidente, coordenou várias atividades culturais, inclusive peças de teatro, até que partiu para Recife, de onde trouxe uma tipografia; então nasceu "A Flâmula", um periódico do Ginásio de Picos, do qual foi redator, circulando a primeira edição no dia 15 de março de 1952. Tendo terminado o curso ginasial em 1953, transferiu-se para Fortaleza, ingressou no segundo grau no Colégio Estadual do Ceara - Liceu Cearense, prestou vestibular para Direito, e só retornaria a Picos formado, onde prestou concurso publico e se tornaria Juiz de Direito, assumindo a comarca de Pio-IX-PI, transferindo-se em seguida para Jaicós-PI, onde mais tarde deixaria a Magistratura e retornaria a sua cidade natal.
Voltando a Picos, Ozildo ao lado de grandes amigos como Olívia Rufino e Elísio Serafim, fundaria o primeiro trio de seresta da cidade. Graças aos seus profundos conhecimentos, foi secretário de cultura de Picos, iniciando um trabalho de catalogação dos recantos e prédios públicos ou particulares que compunham o patrimônio cultural da cidade, fazendo também estudos para identificar o folclore e as tradições de Picos. Patrono da cadeira nº 3 da Academia de Letras da Região de Picos, memorialista, "guardião da memória de Picos", expressão maior da cultura picoense, Ozildo criou a Biblioteca e o maior museu particular do Nordeste, hoje tombado pelo estado e recebendo o seu nome.
Os últimos empreendimentos culturais de Ozildo, que não chegou a concluir, eram dois livros que pretendia publicar, o primeiro a versão inédita documentada e completa da historia de Picos e o segundo trabalho literário seria uma geografia pitoresca de Picos. Acometido de um enfarto, Ozildo Albano veio a falecer em 05 de julho de 1989, aos 58 anos de idade, deixando um vácuo no meio cultural.
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
“HOLLYWOOD-PI”
Picos nesses dias virou uma “Hollywood”, são três longas que estão sendo filmados na cidade e em cidades da macro-região. O Filme “Os sonhos de um sonhador – A história de Frank Aguiar” que conta a trajetória desse músico piauiense da cidade de Itainópolis-PI, que foi para São Paulo ainda jovem e hoje após se eleger Deputado Federal por aquele estado é hoje vice-prefeito da cidade de São Bernardo dos Campos –SP no ABC Paulista, o filme é protagonizado pelo ator global Gustavo Leão.
Também se encontra em ritmo acelerado, pois tem previsão para estrear já no final deste ano, as gravações da segunda parte do filme “Marcas do Passado” dirigido por Roberto Borges. As filmagens estão sendo feitas em São José do Piauí, Picos e Fortaleza.
E por fim o filme do grupo de teatro de Picos – PBC, que após a produção de alguns curtas metragens, e terem conseguido experiência, resolveram produzir o seu primeiro longa e contar a história da chegada da imagem de “Senhora dos Remédios” em Picos, o filme mistura realidade e ficção e conta a história de três personagens principais: o Coronel Victor de Barros, fazendeiro e dono de escravos do Retiro(povoado que originou a cidade de Picos), o vaqueiro João das Dores(trabalhador da fazenda do coronel) e o negro Tição( escravo que trouxe a imagem nos ombros de Salvador para Picos).
O enredo mostra o sofrimento dos escravos em uma Picos do século XIX, onde o coronelismo imperava e tem como pano de fundo a Guerra dos Balaios que teve início no Maranhão e se estendeu pelo Piauí e Ceará.
Cenas e fotos do filme podem serem vistas no blog do filme no endereço eletrônico http://senhoradosremedios.blogspot.com, o filme ainda não tem previsão para estrear.
E por fim o filme do grupo de teatro de Picos – PBC, que após a produção de alguns curtas metragens, e terem conseguido experiência, resolveram produzir o seu primeiro longa e contar a história da chegada da imagem de “Senhora dos Remédios” em Picos, o filme mistura realidade e ficção e conta a história de três personagens principais: o Coronel Victor de Barros, fazendeiro e dono de escravos do Retiro(povoado que originou a cidade de Picos), o vaqueiro João das Dores(trabalhador da fazenda do coronel) e o negro Tição( escravo que trouxe a imagem nos ombros de Salvador para Picos).
O enredo mostra o sofrimento dos escravos em uma Picos do século XIX, onde o coronelismo imperava e tem como pano de fundo a Guerra dos Balaios que teve início no Maranhão e se estendeu pelo Piauí e Ceará.
Cenas e fotos do filme podem serem vistas no blog do filme no endereço eletrônico http://senhoradosremedios.blogspot.com, o filme ainda não tem previsão para estrear.
domingo, 15 de novembro de 2009
A CULTURA NA POLÍTICA
Câmara aprova a criação do Vale-Cultura para trabalhadores
O Plenário aprovou, nesta quarta-feira, o Projeto de Lei 5798/09, do Executivo, que cria o Vale-Cultura para trabalhadores com salários de até cinco mínimos. O vale mensal de R$ 50 será distribuído pelas empresas que aderirem ao Programa Cultura do Trabalhador e poderá ser usado na compra de serviços ou produtos culturais, como livros e ingressos para cinemas, teatros e museus. A matéria precisa ser votada ainda pelo Senado.
O texto aprovado é o substitutivo da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, de autoria da deputada Manuela D'Ávila (PCdoB-RS). Ele estende o benefício aos trabalhadores com deficiência que ganham até sete salários mínimos mensais.
Outra novidade em relação ao projeto original é a que permite o recebimento do vale também pelos estagiários das empresas participantes, observados os mesmos procedimentos de uso e descontos.
O substitutivo incorpora emenda do deputado Paulo Rubem Santiago (PDT-PE), relator pela Comissão de Educação e Cultura, que inclui entre os objetivos do programa o estímulo à visitação de estabelecimentos que proporcionem a integração entre a ciência, a educação e a cultura.
O texto aprovado é o substitutivo da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, de autoria da deputada Manuela D'Ávila (PCdoB-RS). Ele estende o benefício aos trabalhadores com deficiência que ganham até sete salários mínimos mensais.
Outra novidade em relação ao projeto original é a que permite o recebimento do vale também pelos estagiários das empresas participantes, observados os mesmos procedimentos de uso e descontos.
O substitutivo incorpora emenda do deputado Paulo Rubem Santiago (PDT-PE), relator pela Comissão de Educação e Cultura, que inclui entre os objetivos do programa o estímulo à visitação de estabelecimentos que proporcionem a integração entre a ciência, a educação e a cultura.
Aposentados
A única emenda aprovada por meio de destaque no Plenário, de autoria do líder do PPS, deputado Fernando Coruja (SC), estende o Vale-Cultura aos aposentados, com recursos do Tesouro Nacional, no valor de R$ 30 mensais. Terão direito ao benefício os aposentados que recebam até cinco mínimos.
Todos os partidos orientaram as suas bancadas a votarem a favor da emenda, mas o vice-líder do governo Ricardo Barros (PP-PR) alertou que ela provoca despesas extras de cerca de R$ 4,8 bilhões para a União e deverá ser vetada pelo presidente da República.
Todos os partidos orientaram as suas bancadas a votarem a favor da emenda, mas o vice-líder do governo Ricardo Barros (PP-PR) alertou que ela provoca despesas extras de cerca de R$ 4,8 bilhões para a União e deverá ser vetada pelo presidente da República.
Cartão magnético
O repasse dos R$ 50 não poderá ser feito em dinheiro e sim, preferencialmente, por meio de cartão magnético. O vale em papel só será permitido quando for inviável o uso do cartão. As empresas poderão descontar do trabalhador até 10% do Vale-Cultura, mas ele terá a opção de não aceitar o benefício.
As áreas definidas pelo projeto para uso do vale são artes visuais, artes cênicas, audiovisual, literatura e humanidades, música e patrimônio cultural.
As áreas definidas pelo projeto para uso do vale são artes visuais, artes cênicas, audiovisual, literatura e humanidades, música e patrimônio cultural.
Funcionamento
O programa funciona por meio de empresas operadoras, cadastradas junto ao Ministério da Cultura, que serão autorizadas a produzir e comercializar o vale. Elas também deverão habilitar as empresas recebedoras, que aceitarão o cartão magnético como forma de pagamento de serviço ou produto.
As empresas que aderirem ao programa e distribuírem os vales aos seus trabalhadores serão chamadas de beneficiárias, pois poderão descontar, do imposto de renda devido, o valor gasto com a compra desses vales.
As empresas que aderirem ao programa e distribuírem os vales aos seus trabalhadores serão chamadas de beneficiárias, pois poderão descontar, do imposto de renda devido, o valor gasto com a compra desses vales.
A dedução é limitada a 1% do imposto, refere-se ao valor distribuído ao usuário e pode ser usada apenas pelas empresas tributadas com base no seu lucro real. O incentivo fiscal será válido até 2014. Um regulamento definirá os prazos de validade e as condições de uso do benefício.
A Câmara analisa o Projeto de Lei 5559/09, do deputado Otávio Leite (PSDB-RJ), que amplia os benefícios da Lei Rouanet (8313/91) para incentivar o desenvolvimento do turismo receptivo no País. A proposta lista algumas modalidades de projetos turísticos que poderão ser beneficiados. Entre elas, a aquisição de artesanato e obras de arte para exibição em hotéis, aeroportos e outros ambientes turísticos; realização de festivais gastronômicos; e eventos culturais, incluídos gastos com transporte, hospedagem e alimentação dos elencos e equipes de produção.
Pela Lei Rouanet, parte do Imposto de Renda pode ser aplicada em ações culturais. Pessoas físicas podem destinar aos projetos 6% do imposto devido e pessoas jurídicas, 4%.
O autor da proposta destacou que a ideia é utilizar os incentivos para atrair pessoas para eventos realizados no Brasil. "A proposta, objetivamente, tem esta finalidade: ampliar as possibilidades concretas, a infraestrutura e as promoções do produto Brasil no mercado internacional", diz Otávio Leite.
Visitantes estrangeiros
Com 5,2 milhões de visitantes estrangeiros em 2008, o Brasil é o principal destino do mercado turístico internacional na América do Sul. Segundo dados do Centro de Excelência de Turismo da UnB, os gastos dos turistas estrangeiros em visita ao Brasil alcançaram cerca de 6 bilhões de dólares (aproximadamente R$ 10 bilhões) em 2008, 16,8% a mais do que em 2007. O setor é responsável pela criação de 7% dos empregos diretos e indiretos na economia brasileira.
Tramitação
A matéria tramita em caráter conclusivo e será examinada pelas comissões de Educação e Cultura; de Turismo e Desporto; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte:
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
I SEMANA DE LETRAS DA UFPI/PICOS
A “I Semana de Letras da UFPI” ou “I SELEUFPI” acontecerá no período de 17 a 20 de novembro de 2009 no Campus da Universidade Federal do Piauí na cidade de Picos-PI, com a temática: “Estudos em Linguagem e Literatura: suas implicações no ensino”, o evento que tem como objetivo principal promover a integração dos estudantes de Letras e de ares afins, da UFPI e de outras instituições. A solenidade de abertura acontecerá dia 17/11 às 18h no auditório do CSHNB.
O evento terá uma vasta programação com conferências, mesa redonda e mini-cursos. A organização é do Profº. Ms. Luiz Egito de Sousa Barros, Profª. Ms Maria Goreth de Sousa Varão e da Profª. Drª Maria Vilani Soares.
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
LÁPIDE
Amo-te...
Tal qual o coveiro
Que vive a adorar a lápide fria
A diferença consiste em que
Além de proporcionar-lhe a subsistência
Ela o receberá em seus braços um dia
(E nesse abraço viverão o amor eterno)
Quanto a mim...
Morro por ti
Morro um pouco a cada dia
Quando chegar o meu fim
Não te encontrarei
Nem mesmo no abraço da lápide fria.
Ah! Mas se um dia
Eu pudesse ter-te
E se por ironia viesse a perder-te
Quem dera!
Serias para mim a melhor das perdas.
Tal qual o coveiro
Que vive a adorar a lápide fria
A diferença consiste em que
Além de proporcionar-lhe a subsistência
Ela o receberá em seus braços um dia
(E nesse abraço viverão o amor eterno)
Quanto a mim...
Morro por ti
Morro um pouco a cada dia
Quando chegar o meu fim
Não te encontrarei
Nem mesmo no abraço da lápide fria.
Ah! Mas se um dia
Eu pudesse ter-te
E se por ironia viesse a perder-te
Quem dera!
Serias para mim a melhor das perdas.
terça-feira, 10 de novembro de 2009
FÉ E PRAGMATISMO
"Padre Cícero - Poder, Fé e Guerra no Sertão", do jornalista Lira Neto, chega esta semana às livrarias. Lira conseguiu fontes de informações valiosas no Vaticano.
A imagem de Padre Cícero, apesar da imensa fé dos sertanejos, ainda não está nas igrejas de Juazeiro. Encontramos, apenas, um vitral dele na pequena Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, onde o corpo do religioso foi sepultado. Sua vida continua enigmática. Mas tudo indica que Bento XVI planeja redimir o "padre maldito". Há pelo menos 10 anos o jornalista Lira Neto planejava escrever sobre Padre Cícero, projeto sempre adiado. Depois do sucesso de "Maysa", Lira partiu em busca de um novo personagem. Resolveu, assim, remexer no vespeiro e retomar a ideia de contar a história de Cícero Romão Batista. O resultado chega às livrarias de São Paulo nesta semana e, na semana seguinte, a todo o Brasil: o livro "Padre Cícero - Poder, Fé e Guerra no Sertão".
O livro de Lira Neto vem cercado por muita expectativa, por vários motivos. Na verdade, nas últimas duas décadas muito foi escrito sobre Padre Cícero - principalmente em teses acadêmicas. O livro de Lira, além de fácil leitura, traz novas revelações. Ele teve acesso a uma documentação rara produzida na esteira do processo de reabilitação de Padre Cícero conduzida por D. Fernando Panico, bispo da Diocese do Crato, sob as bênçãos do papa Bento XVI. E, para Lira Neto, tudo indica que o processo, há anos esperado pelos religiosos, nunca esteve tão perto de uma conclusão. Só para citar um indício: a recente elevação do Santuário Diocesano de Nossa Senhora das Dores, em Juazeiro do Norte, à condição de Basílica Menor.
Lira Neto diz que seu livro foi baseado em dois grandes conjuntos de fontes. O primeiro, investigado na Cúria do Crato. Ele teve acesso a 900 cartas trocadas entre os principais personagens da história - Padre Cícero, o bispo Dom Joaquim, autoridades eclesiásticas de Roma e a Nunciatura no Brasil. Ele teve acesso também a um outro importante conjunto de documentos que se encontram sob a guarda do arquivo secreto do Vaticano. "Tive acesso a fontes generosas que, sem elas, jamais este livro teria saído", afirma. Lira teve ajuda, ainda, dos dois grandes pesquisadores de Padre Cícero e Juazeiro do Norte: Renato Casimiro, a quem o livro é dedicado, e Daniel Walker.
"Trata-se de um livro eminentemente jornalístico, de pesquisa e muita investigação", assinala Lira. A história começa no Século XXI com Joseph Ratzinger e Dom Panico em busca de documentação para a reabilitação de Cícero. Nas outras duas partes - "A Cruz" e "A Espada" -, Lira conta a história de Cícero com toda a complexidade de sua personalidade. No epílogo, ele retorna a 2009, descrevendo o processo civilizatório de Juazeiro a partir da profunda religiosidade ali fundada por Padre Cícero....
BIOGRAFIA
"Padre Cícero - Poder, Fé e Guerra no Sertão"
Lira Neto
R$49,00
576 páginas
2009
CIA DAS LETRAS
JOSÉ ANDERSON SANDES
EDITOR DO CADERNO 3
A imagem de Padre Cícero, apesar da imensa fé dos sertanejos, ainda não está nas igrejas de Juazeiro. Encontramos, apenas, um vitral dele na pequena Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, onde o corpo do religioso foi sepultado. Sua vida continua enigmática. Mas tudo indica que Bento XVI planeja redimir o "padre maldito". Há pelo menos 10 anos o jornalista Lira Neto planejava escrever sobre Padre Cícero, projeto sempre adiado. Depois do sucesso de "Maysa", Lira partiu em busca de um novo personagem. Resolveu, assim, remexer no vespeiro e retomar a ideia de contar a história de Cícero Romão Batista. O resultado chega às livrarias de São Paulo nesta semana e, na semana seguinte, a todo o Brasil: o livro "Padre Cícero - Poder, Fé e Guerra no Sertão".
O livro de Lira Neto vem cercado por muita expectativa, por vários motivos. Na verdade, nas últimas duas décadas muito foi escrito sobre Padre Cícero - principalmente em teses acadêmicas. O livro de Lira, além de fácil leitura, traz novas revelações. Ele teve acesso a uma documentação rara produzida na esteira do processo de reabilitação de Padre Cícero conduzida por D. Fernando Panico, bispo da Diocese do Crato, sob as bênçãos do papa Bento XVI. E, para Lira Neto, tudo indica que o processo, há anos esperado pelos religiosos, nunca esteve tão perto de uma conclusão. Só para citar um indício: a recente elevação do Santuário Diocesano de Nossa Senhora das Dores, em Juazeiro do Norte, à condição de Basílica Menor.
Lira Neto diz que seu livro foi baseado em dois grandes conjuntos de fontes. O primeiro, investigado na Cúria do Crato. Ele teve acesso a 900 cartas trocadas entre os principais personagens da história - Padre Cícero, o bispo Dom Joaquim, autoridades eclesiásticas de Roma e a Nunciatura no Brasil. Ele teve acesso também a um outro importante conjunto de documentos que se encontram sob a guarda do arquivo secreto do Vaticano. "Tive acesso a fontes generosas que, sem elas, jamais este livro teria saído", afirma. Lira teve ajuda, ainda, dos dois grandes pesquisadores de Padre Cícero e Juazeiro do Norte: Renato Casimiro, a quem o livro é dedicado, e Daniel Walker.
"Trata-se de um livro eminentemente jornalístico, de pesquisa e muita investigação", assinala Lira. A história começa no Século XXI com Joseph Ratzinger e Dom Panico em busca de documentação para a reabilitação de Cícero. Nas outras duas partes - "A Cruz" e "A Espada" -, Lira conta a história de Cícero com toda a complexidade de sua personalidade. No epílogo, ele retorna a 2009, descrevendo o processo civilizatório de Juazeiro a partir da profunda religiosidade ali fundada por Padre Cícero....
BIOGRAFIA
"Padre Cícero - Poder, Fé e Guerra no Sertão"
Lira Neto
R$49,00
576 páginas
2009
CIA DAS LETRAS
JOSÉ ANDERSON SANDES
EDITOR DO CADERNO 3
Fonte:Diário do Nordeste
Entrevista com o poeta Luis Édio Leal Costa
No ano em que a União Picoense de Escritores - UPE completa 10 anos de existência, o Portal O Povo entrevista o poeta idealizador dessa entidade.
No ano em que a União Picoense de Escritores - UPE completa 10 anos de existência, o Portal O Povo entrevista o poeta idealizador dessa entidade, a qual o mesmo denomina de um “Movimento cultural” e talvez um dos mais importantes que já se viu após “Ozildo Albano” que o mesmo considera não só como uma pessoa que foi devotada para as artes, mas como um conjunto de ações que o podemos definir como também sendo um movimento cultural que existiu e que hoje o inspira.
Confira entrevista com Luis Édio Leal Costa.
Wallysson Bernardes: Fale um pouco do trabalho da UPE?
Leal Costa: Basicamente uma entidade aglomera pessoas que tem o mesmo objetivo, mas que na maioria das vezes só ficam entre si esses benefícios. Tentamos na UPE sermos diferente, tentamos ser um agente transformador social-cultural do nosso meio, tentamos não ficar somente conosco o conhecimento, mas tentamos compartilhar essas idéias e transforma-las em práticas, mesmo que simples.
Wallysson Bernardes: Hoje quantos escritores e poetas participam da entidade?
Leal Costa: Hoje a UPE possui 43 membros, sendo que uma boa parte reside fora. Mas somos uma entidade bastante heterogenia, temos no nosso quadro poetas, atores, artistas plásticos, cordelista, cantores. Como a nossa entidade não se trata de uma instituição com número de cadeiras estipuladas, nem precisa de eleições para filiação, a UPE recebe qualquer um que se enquadre no artigo 26º do estatuto que diz que para poder se associar basta ter um acervo de escritos, mesmo que ainda não tenha sido publicado.
Wallysson Bernardes: Comente um pouco sobre sua obra dividida nos seguintes volumes: Suspiros líricos e melancólicos, Sentimentalidades, Mal do século, Lira picoense-poemas, Poesias de borrão, Lira dos 30 anos, Seteno, Ciclóide e Suspiros líricos e aflição.
Leal Costa: Apesar de todos serem ainda inéditos, ou seja, não estão passivos de mudanças, mas resolvi organiza-los assim, pois se tratam de momentos e temas diferentes da minha poética. Como eu digo no meu poeminha intitulado “ Das Pegadas”.
Eu vi tudo que escrevi (lamento!)
Ficar pra trás...
E aquelas datas de meus poemas, aliás,
São minhas pegadas no tempo.
Wallysson Bernardes: Falta incentivo por parte dos governantes?
Leal Costa: Na verdade desconheço na história de Picos uma lei de incentivo à cultura, o que sempre existiu em Picos foi a “política do pedir patrocínio”, isso é uma prática provinciana, para melhor definir a nossa situação aqui em Picos. Torna-nos reféns de favores de um político ou outro, não que isso seja ruim pedir apoio a político, mas o apoio deve partir dos projetos-leis deles. E vivemos hoje da ajuda de empresários que vez por outra oferta um pouco para cultura, mas nada que seja por cultura exatamente. Para definir melhor hoje: cada escritor é seu próprio editor, custeia seus próprios trabalhos.
Wallysson Bernardes: A população costuma cobrar a construção de novos museus e bibliotecas. Por que fazer novos museus quando há tantos sem verbas, sem acervo, sem obras?
Leal Costa: Bem verdade, porém gostaria de citar umas palavras da professora Jaildes para externa o que penso sobre isso: “Ás vezes dizemos não entender porque as crianças e jovens são tão fascinados e apaixonados pelos vídeos games e Lan-houses, mas é bom lembrar que é com isso que eles convivem no dia-a-dia, e é o que encontram em toda esquina ou às vezes dentro ou na calçada de sua casa...”
Cabe a todos nós fazer despertar nas pessoas o gosto pelas artes, e assim esses espaços seriam criados, se não existir, e quando existirem serão utilizados, e quando utilizados com gosto serão feitas as devidas cobranças.
Wallysson Bernardes: Picos têm descoberto e promovido talentos e manifestações artísticas populares e eruditas?
Leal Costa: Para responder a sua pergunta, gostaria de fazer uma observação a respeito da palavra “Picos”, não enxergo apenas Picos, mas enxergo uma mesorregião e que ultrapassa isso, pois temos mais de 40 cidades circunvizinhas que compartilhamos nosso trabalho, nosso comércio, nossas amizades e também nossos talentos. Picos é uma “Cidade-Região”, com quase de 600 mil habitantes.
Todos nós sabemos que “Picos” é um celeiro de talentos, e todos nós sabemos que não são “explorados”, o pior é que sabemos mas não fazemos nada para mudar isso. O pouco desses talentos que são manifestados são por conta de seus próprios esforços e dom, nada mais, isso me entristece, deixa-me sem perspectiva.
Wallysson Bernardes: Não está faltando uma política de audiovisual para o estado mais clara e objetiva? Porque Picos ainda não conta com um Cinema ou mesmo um Teatro?
Leal Costa: O Talento maior do picoense é para o comércio, mas não vejo isso como total crença. Temos grandes empresários na cidade que não vêem isso, ou simplesmente não querem explorar esses dois tipos de “comércios”, poderemos falar dessa forma.
Hoje você ver grandes empreendimentos em Picos sendo construídos um colado ao outro, mas você não ver um empresário desse sendo “ousado ou original” em querer explorar a cultura.
Com um teatro em Picos, poderíamos ter grandes peças teatrais, com atores “‘globais”, ao mesmo tempo abriria espaço para o teatro local.
Com o cinema poderia incentivar mais a produção de filmes na cidade ainda gerar grande momento de entretenimento e lazer para jovens, crianças e mulheres, digo isso, pois para adultos e homens temos os bares, único “espaço de lazer” existe em nossa cidade, mas não vêem dessa forma infelizmente.
Wallysson Bernardes: Quais os principais avanços e quais suas críticas às políticas de cultura do Governo Lula?
Leal Costa: Sem dúvida foi o governo que “fez mais” pela cultura brasileira, só que ta faltando esses projetos se tornarem mais reais, mais palpáveis para que todos vejam esses benefícios na prática.
Sei que deve existir uma busca recíproca, mas como não existe essa cultura, acredito que a “cultura” deve procurar o cidadão, ao invés de esperá-lo. É o desenvolver cultura. Uma Secretaria de Cultura tem um importante papel para desenvolver.
Wallysson Bernardes: Com as novas tecnologias, como o senhor avalia a questão dos direitos autorais hoje?
Leal Costa: O que eu tenho visto é que a “quebra desses direitos” está fazendo muita valia para os artistas. Hoje temos os camelôs como um agente divulgador da cultura, já que os órgãos responsáveis não estão desenvolvendo esse papel.
Se não fosse a “ilegalidade” o talento da Stephany não teria aparecido para o Brasil, se não fosse a venda de DVD pirata do filme “Ai que vida” o mesmo não teria sido um sucesso de público e incentivo à produção de outros curtas e longas em todo o estado, inclusive aqui em Picos.
Não estou aqui defendendo a ilegalidade, mas seria bom se todos os camelôs, pelo menos em Picos, tivessem nossas obras sendo vendidas, dessa forma estariam nos ajudando, difundindo nossa cultura.
Wallysson Bernardes: Qual o principal objetivo da UPE para 2009 e algo que não conseguiu concretizar em 2008?
Leal Costa: Só em nos mantermos já é o suficiente, só em não desistirmos já é um grande objetivo alcançado (risos...). Mas falando sério, tenho um objetivo maior ainda para realizar, não foi no ano passado, não tenho certeza se será nesse ano, mas sei que um dia iremos realizar que é a “Semana de arte de Picos”, na qual inspirada na “Semana de Arte de 1922” deverá despertar em todos os artistas dessa cidade-região uma vontade maior de fazer cultura.
Wallysson Bernardes: Quais são os objetivos gerais do projeto RECITART?
Leal Costa: O Recitart é mais uma inquietude desse grupo de pessoas que formam o Grupo de Teatro PBC, UPE e Alerp (Academia de Letras da Região de Picos) em teimar em fazer cultura. Claro que o objetivo maior é difundir a cultura, de mostrar o talento, mas o Recitart é um projeto audacioso que tentar aos poucos despertar na cidade o gosto pela arte. É tanto que é tudo feito com recursos dos seus próprios idealizadores e sem nenhum fim lucrativo financeiro.
Wallysson Bernardes: Espaço aberto...
Leal Costa: Hoje Picos vive um dos melhores momentos para se fazer cultura, temos TV, internet, rádios basta apenas pequenos esforços, pequenas ações para que nos tornemos também a segunda cidade do estado em cultura.
Temos hoje escritores e poetas de altíssima qualidade, que não fica nada a desejar a nenhuma outra cidade, basta procurar pesquisar mais sobre nossos autores e suas obras, basta apenas participarem dos nossos eventos culturais que realizamos e que sempre são divulgados pela mídia, e também que nos visitem em nosso endereço eletrônico www.upeonline.net.
ALÉM-MAR
Sorriso de sol
Que irradia meiguice e humanidade.
(Aurora)
Maré de paixão
Fenômeno de atração do sol e da lua.
E tuas correntes de carinho derrubaram meu muro de contenção...
E o meu peito cheio de dó
E corroído pela maresia de outrora
Navega agora em águas claras e de serenidade.
Leal Costa, Picos(PI), 17/02/2009
(Poema à Alessandra)
Que irradia meiguice e humanidade.
(Aurora)
Maré de paixão
Fenômeno de atração do sol e da lua.
E tuas correntes de carinho derrubaram meu muro de contenção...
E o meu peito cheio de dó
E corroído pela maresia de outrora
Navega agora em águas claras e de serenidade.
Leal Costa, Picos(PI), 17/02/2009
(Poema à Alessandra)
O MUNDO DE TANTAS VOLTAS
Os anos passados...
Não faça tudo sem antes tê-los conhecido.
Eles trazem, principalmente – Experiência.
Mas quando vivê-los, faça quase tudo...
Então assim, quando tê-los envelhecido na fluência,
Andado caminhos tantos...Adversos e até absurdo,
E eles assim o parecerem como aguardados...
É meu caro...Você chegou, enfim, a tê-los merecidos.
Picos(PI), 22 de dezembro de 2007
Mote: Marlúcio 19 anos após a formatura - o casamento.
Não faça tudo sem antes tê-los conhecido.
Eles trazem, principalmente – Experiência.
Mas quando vivê-los, faça quase tudo...
Então assim, quando tê-los envelhecido na fluência,
Andado caminhos tantos...Adversos e até absurdo,
E eles assim o parecerem como aguardados...
É meu caro...Você chegou, enfim, a tê-los merecidos.
Picos(PI), 22 de dezembro de 2007
Mote: Marlúcio 19 anos após a formatura - o casamento.
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