terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Há 15 anos o Brasil perdia Tom Jobim






Há 15 anos o Brasil perdia o maior representante da Música Popular Brasileira no cenário mundial: Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, o Tom Jobim. Nascido no bairro da Tijuca, na capital fluminense, em 25 de janeiro de 1927, o compositor conseguia como ninguém representar através da música nossa terra, nossos bichos, nossas matas, suas sombras, ruídos, seus vôos e movimentos, sem nunca deixar de mostrar os contrastes brasileiros.

Tom, que casou-se duas vezes e teve quatro filhos, pensou em trabalhar como arquiteto, chegando a cursar o primeiro ano da faculdade e até a se empregar em um escritório, mas logo desistiu e resolveu ser pianista. Com um dom nato para um bate-papo e um jeito peculiar de dar suas opiniões, o maestro Jobim roubava as atenções dos bares e boates onde tocava, em Copacabana.

É considerado um dos mais destacados representantes da bossa nova, com músicas como "Wave", "Corcovado","Desafinado" e "Insensatez". Em 1992, foi homenageado pela escola de samba Mangueira, escolhido como o enredo do desfile da verde e rosa.

O músico brasileiro tornou-se internacionalmente conhecido com a canção "Garota de Ipanema", uma das músicas mais executadas no mundo. Algumas de suas composições foram gravadas por astros como Frank Sinatra e Ella Fitzgerald. Um de seus parceiros mais constantes foi Vinícius de Moraes, com quem gravou músicas de grande sucesso como "Se Todos Fossem Iguais a Você", "Ela é Carioca", "A Felicidade", "Só Danço Samba", entre outras.

Tom faleceu em Nova Iorque, nos Estados Unidos, no dia 08 de dezembro de 1994. O músico ganhou algumas biografias, entre elas "Antônio Carlos Jobim, um Homem Iluminado", de sua irmã Helena Jobim, "Antônio Carlos Jobim - Uma Biografia", de Sérgio Cabral, e "Tons sobre Tom", de Márcia Cezimbra, Tárik de Souza e Tessy Callado. Em um dos livros escritos por Ruy Castro sobre a música brasileira, ele destaca um trecho do capítulo "O aprendiz de ternuras" que resume o dom do eterno maestro Tom Jobim:

"Todas as vezes que Tom abriu o piano, o mundo melhorou. Mesmo que por poucos minutos, tornou-se um mundo mais harmônico, melódico e poético. Todas as desgraças individuais ou coletivas pareciam menores porque, naquele momento, havia um homem dedicando-se a produzir beleza. O que resultasse de seu gesto de abrir o piano - uma nota, um acorde, uma canção - vinha tão carregado de excelência, sensibilidade e sabedoria que, expostos à sua criação, todos nós, seus ouvintes, também melhorávamos como seres humanos."

Fonte: SRZD

Nenhum comentário:

Postar um comentário